quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mensagem mensal: Julho de 2010

Julho de 2010


O presente mês de Julho começou com boas notícias para a economia portuguesa. As expectativas foram revistas em alta para o crescimento económico nacional e, de facto, isso foi possível de constatar com o lançamento dos dados trimestrais da evolução do PIB nacional. Relativamente à inflação, por exemplo, esta tem crescido na Zona Euro de forma lenta, potencializando, portanto, o crescimento económico na Europa e, face à evolução das taxas de juro de referência do BCE de Jean Claude Trichet, estas ficaram inalteradas. Porém, as notícias positivas para a Europa podem ficar por aqui mesmo. No seio da União Económica Monetária, é de salientar uma discussão de fundo quanto ao próprio futuro da mesma, mais especificamente numa questão filosófica ou de carácter da própria União Europeia. Basicamente, a questão é a seguinte: será que queremos ter uma UEM solidária ou, contrariamente a isto, uma UEM elitista?
A resposta não poderá, nem deverá, ser dada de forma singular ou individual. Para isso, já nos chega a filosofia germânica de domínio, por completo, da restante Zona Euro, isto por pura e simplesmente dominar, de facto, o mercado bancário e, por conseguinte, da sua poderosa quota de mercado bancária.

O facto da ajuda à Grécia ter demorado tanto tempo é, infelizmente, um péssimo sintoma para o conceito de UEM solidária que tanto foi defendida, nomeadamente no início ou fundação da mesma. Rapidamente os europeus, e nós portugueses, nos apercebemos que tal solidariedade seria, muito provavelmente, um mito inexistente no quotidiano europeu. Relativamente a esta matéria, somente o futuro nos dirá qual será, manifestamente, o futuro da União Europeia.

Voltando novamente ao cenário macroeconómico nacional, o que mais vai preocupando os portugueses é, portanto, o elevado desemprego que ainda se faz sentir.
Por outro lado, o mês de Julho está a ser fortemente marcado por uma discussão séria em torno da sustentabilidade do modelo de segurança social nos estados membros da Zona Euro. Os actuais modelos de segurança social, segundo os governantes europeus, necessitam de medidas que visem o aumento dos anos de reforma dos trabalhadores nacionais e europeus. Tais medidas, apenas resolverão os problemas de curto prazo das economias e modelos europeus, pois o problema de fundo é, principalmente, um problema associado à inversão da pirâmide demográfica, o que prejudica por completo os modelos de segurança social que actualmente presenciamos.

Livro de julho



Trata-se de uma obra que apresenta um tema que toca na ferida da humanidade, quer ao nível dos países já desenvolvidos, quer, também, face aos ainda em desenvolvimento e que, por conseguinte, são os claramente mais carenciados ao nível de apoios internacionais.

As duas grandes questões que o presente livro procura responder são as seguintes:

1) Por que motivo os países mais carenciados do mundo estão a ficar cada vez mais pobres?
2)Qual a verdadeira chave para o seu crescimento?

"É difícil encontrar ideias eficazes sobre desenvolvimento mas o Professor Collier pode ter identificado o próximo passo para a mudança positiva."
The New York Times

Regresso

Posteriormente a uma pausa de, sensivelmente, dois meses - por questões de ordem profissional - o economia XXI reabre novamente.