sábado, 27 de março de 2010

Grécia, UE e FMI

Não raras vezes olhamos com especial atenção para o que de bom se faz na condução e formulação da política macroeconómica. Como é evidente, não vou criticar isso e, por conseguinte, quem o faz.

Porém, tenho por hábito fazer exactamente o oposto, isto é, prestar atenção ás más práticas. Neste plano, a Grécia é um excelente exemplo. Antes mesmo da adesão da Grécia à União Económica Monetária, já a Grécia, frequentemente, frequentava os últimos lugares no que diz respeito aos indicadores económicos e macroeconómicos.

Posteriormente à entrada deste estado membro na União Europeia, a Grécia - tal como os demais países ou estados aderentes ao plano federalista de Bruxelas - perdeu um conjunto de políticas que, sem margens para dúvidas, poderiam contribuir para uma maior independência na tomada de decisões para uma saída da crise mais rápida e eficaz.

Supostamente, haveria um reverso da medalha pela adesão à União Europeia, isto é, a capacidade desta UEM ser capaz de ajudar, directa e indirectamente, os estados membros com necessidade de tais ajudas europeias. Contudo, o focagem na doença é, ainda hoje, tão ou mais importante que a cura.

As sucessivas derrapagens orçamentais gregas fizeram-se sentir, consecutivamente, perante mais de uma década e, posteriormente à badalada crise internacional de 2008, o défice orçamental e a dívida pública grega tornaram-se, eminentemente, possíveis bombas a rebentar a qualquer momento. Neste caso, a existência de critérios na condução da política orçamental praticamente não serviram para absolutamente nada. Os critérios, de facto, existem, porém, não são cumpridos pelos estados membros; e, mais grave ainda, é o facto de existirem mais estados membros nesta situação, como é o caso nacional.

Depois de muito já se ter dito e escrevido sobre este assunto, leva-nos, manifestamente, a chegar a uma conclusão importante, ou seja, que, dos muitos estados membros, existem alguns com maior poder de decisão e de pressão. Nunca novidade tal facto. Contudo, algo terá de ser feito, até porque poderia haver implicações negativas com a presença do FMI em solo europeu e da UE, nomeadamente os ataques das agências de rating para com mais países em situação idêntica à da nação grega.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Primeira grande vitória!

Trata-se da primeira vitória para o presidente norte-americano, Barack Obama: a reforma no sistema de saúde.

Depois de inúmeras batalhas no senado e no congresso norte-americano, e ao que tudo parece, a reforma do sistema nacional de saúde parece ser uma forte realidade para milhões de norte-americanos.

Segundo os dados mais optimistas, vindos do próprio partido democrata, esta reforma irá ser sinónimo de melhorias significativas nos cuidados de saúde a, pelo menos, 35 milhões de pessoas, aproximadamente.

Do lado contrário reina, como é óbvio, o sentimento de insatisfação face a esta reforma no sector da saúde. Evidentemente, a situação de oligopólio das seguradoras norte-americanas irá estar em cheque, nomeadamente através de fugas de pessoas para o sistema de saúde estatal, para o qual contribuem sobre a forma de impostos e as demais taxas associadas aos cuidados de saúde agora assegurados.

Por outro lado, ainda, o contra-ataque republicano já se fez sentir, particularmente na chamada de atenção para os eleitores norte-americanos para a possibilidade elevada de um aumento da carga fiscal e dos impostos.

Independentemente da troca de argumentos entre republicanos e democratas, é possível retirar duas grandes conclusões, que dificilmente se poderão contrariar:

i) por um lado, está já garantido um sistema nacional de saúde que, ao longo da história norte-americana, nunca existira. Por conseguinte, esta é, assim, a primeira vitória de Barack Obama.

ii) do ponto de vista mais macroeconómico, diversos analistas liberais já teriam manifestado a vontade de ver colocada em prática esta promessa eleitoral. Assim sendo, a reforma no sistema nacional de saúde poderá ser, como já Paul Krugman defendera na sua última obra "consciencia de um liberal", o sinal da continuação de um estado mais virado para o progresso social, pelo que, nesta situação, e com o aumento do défice norte-americano, caminhamos para a continuação dos bons velhos estímulos keynesianos nas economias modernas.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ben Bernanke e a regulamentação

Ben Bernanke já deixou o aviso bem patente: a regulamentação ao sistema financeiro norte-americano deverá, no mínimo, permanecer.

Efectivamente, não seria de esperar o contrário por parte do Prof. Ben Bernanke.

Depois do segundo maior mandato de sempre na história do FED, liderado por Alan Greenspan durante tal período, e da maior recessão à escala global após a grande depressão, nada mais poder-se-ia exigir a um senhor como Ben Bernanke.

A ocasião faz o ladrão. Quantas menos ocasiões houverem, melhor. Bem haja à regulamentação no sistema financeiro!

quarta-feira, 17 de março de 2010

A ler: Consciência de um liberal



Trata-se, sem quaisquer margem para dúvidas, de um excelente livro de Paul Krugman.
Aliás, não é um excelente livro, mas sim mais um excelente livro.
Colocando a questão política de fora, o que, neste livro, será missão quase impossível, Paul Krugman aborda de forma simples e sintética a história económica norte-americana do último século a nu. Desse ponto de vista, Paul Krugman volta a reconquistar os leitores mais atentos e interessados pela economia americana no pós depressão.

Porém, tal como já tinha referido, trata-se de uma obra política. Melhor dizendo, de política económica.
Desse ponto de vista, existe, como não poderia deixar de ser, um tremendo enviesamento partidário democrata, até porque o lançamento desta obra serviu como apoio semi-oficial ao actual presidente norte-americano, Barack Obama.

A grande questão aqui passa por saber "separar as marés"! Se o partido republicano goza de um financiamento, através do lobbie, lá está, do poder económico, faltava referir, até por uma razão de transparência e honestidade, o financiamento judaico - oficial ou não - para a campanha democrata, isto para não falar, como não poderia deixar de acontecer, do próprio financiamento através de lobbie.

domingo, 14 de março de 2010

Apontamentos sobre o PEC

Posteriormente à publicação e divulgação do PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento - podemos retirar inúmeras ilações acerca disto mesmo.

A primeira delas, a mais importante de todas as demais, prende-se com a estrutura da própria economia nacional, isto é, com os problemas estruturais de Portugal.
Já tinha referido isto mesmo várias vezes em diversos comentário.
Aqui fica a "prova provada" de que Portugal,a após o cenário de retoma da actividade económica mundial ou internacional, terá de abordar com cuidado a questão do crescimento.
Actualmente, Portugal está manifestamente focado no combate ao défice orçamental e, por conseguinte, à elevada dívida pública. Isto é o que justifica os objectivos primordiais daqueles que têm responsabilidade na formulação de políticas económicas e sociais. Porém, será que os outros países não apresentam défices tão elevados como os nossos, ou até mais altos?
Claro que sim! A economia norte-americana é, sem margens para dúvidas o melhor exemplo.

Assim sendo, só gostaria de deixar uma pequena nota para o simples facto de que, pessimista como sou, acho que Portugal poderá não morrer da doença mas sim da cura.
E passo desde já a explicar.
Portugal, depois dos avisos seguidos de Bruxelas, terá de provar um enorme e tremendo combate ao défice. Ora, como não se irá esperar um aumento significativo da capacidade de arrecadar impostos e tributações, isto é, da receita efectiva, o combate também se fará por via da despesa.
Assim, a política orçamental está fortemente condicionada.
Exemplo disso será, também, os cortes no investimento público; alguns destes cortes são, de facto, uma lufada de ar fresco para as gerações vindouras que têm tanto direito como nós, quando viemos ao mundo, a terem uma economia e um futuro não hipotecado.

A nível da política monetária e cambial, estamos novamente amarrados, pois não somos soberanos ao nível destas políticas.

Do ponto de vista político, esta questão também foi bastante mal abordada, pelo que a retoma da actividade económica foi uma falsa partida. Agora, depois dos nossos "concorrentes" já terem iniciado a marcha, temos ainda que acarretar com um aumento dos preços e, por conseguinte, e em principio, com o aumentos dos combustíveis, por exemplo.

sábado, 13 de março de 2010

Artigo de opinião: Ben Bernanke

Mário Fernandes
Universidade Lusófona *


Ben Bernanke

Há algumas semanas atrás pudemos assistir à declaração do presidente norte-americano, Barack Obama, para dar luz verde à continuidade de Ben Bernanke como responsável máximo da Reserva Federal norte-americana, FED. Apesar de ainda faltar o apoio do senado americano, e ao que tudo indica, Ben Bernanke irá ver, assim, o seu mandato renovado para os próximos quatro anos. Se por um lado nenhum presidente de um qualquer banco central deseja que seja no seu mandato que ocorra uma das maiores crises financeiras e económicas que o mundo presenciou, então também não será menos verdade que Ben Bernanke poderá, finalmente, respirar de alívio pelo facto desta crise não ter tido o desfecho da depressão dos anos 30. As próprias estatísticas do FED, bem como do Banco Central Europeu, liderado pelo homólogo Jean Claude Trichet, mostram que a recuperação da actividade económica já está ao virar da esquina, atendendo que se registaram, pela primeira vez desde há muito, um inverter da tendência de recessão técnica, particularmente, a nível europeu, com motores da economia do velho continente como a Alemanha e a França. Deste modo, o evitar de um transformar de uma crise para uma depressão e a retoma da economia americana foram os principais trunfos de Ben Bernanke para a permanência à frente da Reserva Federal. Ainda neste campo, um dos outros argumentos do presidente Obama prendeu-se com as expectativas da renovação de Ben Bernanke perante os agentes e mercados. Porém, reúnem-se algumas vozes críticas face a Bernanke; segundo alguns analistas norte-americanos, a credibilidade do presidente da Reserva Federal norte-americana foi bastante afectada atendendo ao facto deste ter, alegadamente, demorado tempo demais a intervir nos mercados financeiros norte-americanos. É certo que as ajudas completamente astronómicas ao sector financeiro americano chocaram os cidadãos, contudo, a situação assim o exigia. Num país em que urge uma necessidade de fundo de renovar por absoluto o sistema de saúde, por exemplo, muitos não conseguiram conter a revolta face aos montantes galácticos gastos para o sector bancário não cair de novo, o que seria a derrocada final do sistema capitalista. Ben Bernanke reagiu e os resultados estão a chegar. Muitos dos que criticaram Alan Greenspan por falta de intervenção nos mercados, como Paul Krugman, laureado com o prémio Nobel da Economia em 2008, não o deverão fazer agora com Bernanke.
Noutro plano agora, resta-nos aguardar que FED vamos ter na afirmação da retoma económica, na questão de crescimento económico de médio e longo prazo e, não menos importante, a nível dos reajustes dos mecanismos de supervisão do mercado em conjunto com a CTC, entidade de regulamentação dos mercados cambiais e também monetários e financeiros.
Além do mais, Ben Bernanke poderá ser o homem ideal para o rejuvenescer da motor da economia global devido ao seu percurso académico, manifestamente vocacionado para o estudo e análise das crises monetárias que abalaram o mundo, a grande depressão da década de 30, que, mais do que nunca, esteve perto de reaparecer senão fosse a resposta do FED liderado por si mesmo, e também a crise japonesa da armadilha da liquidez, crise essa que foi apontada por diversos analistas mundiais como a próxima etapa negra da economia americana.
Verdade seja dita, Ben Bernanke, aquando a sua chega ao FED, foi confrontado com uma situação potencialmente catastrófica cedida pelo seu antecessor, Alan Greenspan, que, apesar de ter sido considerado uma lenda diante os banqueiros centrais, e segundo Paul Krugman, uma das vozes mais críticas a Alan Greenspan, terá reagido demasiado tarde nos mercados financeiros, nomeadamente ao tardar no aumento das taxas de juro de referência do FED e, com isso, compactuando no aumento significativo dos índices das bolsas norte-americanas.



* Investigador do Observatório Lusófona de Actividades Económicas (OLAE) - Centro de Investigação da Universidade Lusófona

Artigo de opinião: A armadilha da liquidez

Mário Fernandes e José Paulo Oliveira
Universidade Lusófona *


Armadilha da Liquidez

Não raras vezes, durante os últimos meses, temos assistido às sucessivas quedas nas taxas de juro, quer no que diz respeito às taxas de referência para os mercados monetários, quer no que diz respeito às taxas Euribor para o caso dos empréstimos interbancários. Ainda no passado dia 5 de Março, Jean-Claude Trichet anunciou que a taxa de referência para a Zona Euro seria de apenas um e meio por cento, cortando assim meio ponto percentual face ao mês de Janeiro.
Ora, tendo em conta a actual conjuntura económica, estes cortes sucessivos deveriam funcionar como um estímulo para a supressão da crise. Presenciamos, porém, que o perigo da economia norte-americana cair numa armadilha da liquidez é cada vez mais real.

Podemos afirmar que estamos em presença de um cenário macroeconómico de armadilha da liquidez sempre que a taxa nominal de juros (aquela que resulta da actividade do banco central) for tão baixa e a expectativa desta subir tão elevada, que resulte numa sensibilidade infinita entre a procura de moeda e a própria taxa de juros e, por conseguinte, as pessoas serão levadas a preferirem reter a liquidez.
Aliás, o famoso economista Keynes, pioneiro na análise teórica do cenário macroeconómico de armadilha da liquidez, definiu a mesma quando se presencia o facto do aumento de moeda cair numa armadilha ou, dito de outra maneira, quando as pessoas e os demais agentes estão dispostos a terem mais moeda, ou seja, mais liquidez, quando se verificar uma taxa nominal de juros com valores próximos de zero. Numa situação destas, a eficácia das políticas económicas está posta em causa, nomeadamente no que diz respeito ao uso da política monetária (variações da taxa de juros, injecção de liquidez no mercado, etc.) uma vez que, nesta situação, a política monetária torna-se ineficaz e, por outro lado, a política orçamental (aumento dos gastos do estado), que perante esta situação deveria ser responsável pelo aumento do produto, na prática, também estará condicionada, uma vez que a taxa real de juros (taxa nominal de juros deduzida da inflação) será mais elevada devido à desinflação verificada e às taxas de juro bastante reduzidas.
Efectivamente, tendo em conta o cenário de recessão económica de que tanto se fala, os respectivos bancos centrais das economias mais poderosas, nomeadamente Reserva Federal Norte-Americana, Banco Central Europeu e Banco do Japão, não hesitaram em baixar as suas taxas de juro de referência como uma medida fulcral para a estimulação dos mercados financeiros e monetários e, consequentemente da economia real, no objectivo primordial do combate à crise económica e social que se verifica. Primeiramente, Ben Bernanke, responsável máximo do FED, optou por cortar as taxas de juro de referência para o mercado americano, de modo a ir ao encontro da estabilização dos mercados e das bolsas e, também, incentivando a recuperação económica. É ainda de salientar, com a ajuda do gráfico abaixo indicado, que os sucessivos anúncios dos cortes nas taxas norte-americanas resultaram, numa taxa nominal de juro praticamente nula, algo nunca antes visto nas estatísticas da economia americana. A nível europeu o cenário não difere do panorama americano; apesar de actualmente existir um diferencial entre as duas taxas de referência, que é de, aproximadamente, dois por cento, o certo é que existe em comum o facto do BCE, liderado por Jean-Claude Trichet, ter adoptado a mesma acção, isto é, sucessivos cortes significativos nas suas taxas de referência para os mercados europeus. Aliás, o facto de se verificar um conjunto de medidas idênticas por parte da Europa e dos EUA, poder-se-á justificar com a cada vez maior interdependência económica a nível internacional, já há muito defendida por inúmeros economistas, podendo-se salientar o último prémio Nobel da Economia e académico na área da economia internacional, Paul Krugman.

Fonte: FED e BCE.


Tendo em conta as últimas estatísticas oficias de organismos como o Eurostat, existe ainda outro aspecto que preocupa seriamente muitos economistas e restante classe política, ou seja, o cenário de desinflação (que significa uma queda dos níveis de preços). Mais grave ainda será o cenário de uma transformação de desinflação para deflação, o que, perante tais acções dos respectivos bancos centrais das principais economias ou blocos económicos, poderá resultar num aprofundar da actual crise para uma situação macroeconómica bastante complexa. Tão importante como analisar quais as origens de uma grave crise económica, é ter em mente quais as medidas certas a implementar para combatê-la. Deste modo, e como anteriormente referido, um cenário de liquidity trap será, muito certamente, sinónimo de dificuldade na aplicação das políticas orçamentais e monetárias. De facto, a perturbação no uso das políticas monetárias irá-se prender com o facto das taxas nominais de juro estarem a atingir mínimos históricos, o que causará uma ineficácia desta importante política caso se continue a verificar a direcção das taxas de referência dos diversos bancos centrais.
Por ouro lado, haverá também um risco relacionado com a implementação das políticas fiscais no sentido em que a conjugação da baixa das taxas de juro e o cenário de baixa do nível de preços, que significará taxas reais de juros relativamente elevadas o que, por sua vez, impedirá os respectivos formuladores de política económica de aplicarem as suas políticas orçamentais como um valioso meio para combater a queda do PIB.
Mais uma vez, pegando no caso preocupante dos EUA, que actualmente apresentam taxas de referência próximas de zero por cento, convém não esquecer a velha lição para a Europa e para o mundo; uma vez que a economia norte-americana está prestes a cair numa situação de armadilha da liquidez, todas as economias mundiais terão de redobrar esforços no sentido em que, certamente, se irá manter a avareza em matéria de importações o que, como nos mostra o passado, será o acender do rastilho para uma crise sem fim à vista. A esperança transmitida pela nova administração americana, presidida por Barack Obama, terá uma árdua tarefa na condução de políticas macroeconómicas uma vez que, caso estas sejam mal conduzidas, convém reter as sábias palavras do famoso economista do MIT – Massachusetts Institute of Technology –, Olivier Blanchard, quando este afirmou que os economistas são, no fundo, como os oncologistas: já descobriram muito mas ainda não descobriram tudo o necessário para salvar vidas…


* Investigadores do Observatório Lusófona de Actividades Económicas (OLAE) - Centro de Investigação da Universidade Lusófona

Mensagem mensal: Março de 2010

Trata-se do mês do apresentação do PEC.
Como tal, é um mês especialmente agitado para os lados de São Bento, para os partidos políticos e, por outro lado, para a discussão sobre o mesmo.

Por outro lado, Março será ainda o mês onde serão apresentados alguns indicadores macroeconómicos sobre a economia nacional, nomeadamente em relação à evolução do produto interno bruto português. Segundo fontes institucionais, no último trimestre Portugal apresentou uma quebra de, aproximadamente, 1%, isto é, acabou o virar do ano com redução percentual face ao penúltimo trimestre em causa.
Isto significará que os agentes económicos aguardarão com especial atenção os dados do próximo trimestre, pois, em caso de nova quebra do produto, voltaremos a entrar num cenário de recessão técnica.

Uma nota, também, para a realização das primeiras Jornadas de economia, gestão e ciência política do OLAE da Universidade Lusófona, onde tive oportunidade de participar com a apresentação de um seminário e de, ainda, ajudar na organização. Assim sendo, os parabéns aos intervenientes e aos colaboradores do OLAE, pelas magníficas primeiras jornadas!

Por fim, do ponto de vista político, será também o mês de uma grande entrevista ao nosso Presidente da República, pelo que, desse modo, será focada a devida atenção para um possível e aguardada recandidatura do Prof. Aníbal Cavaco Silva.