domingo, 14 de março de 2010

Apontamentos sobre o PEC

Posteriormente à publicação e divulgação do PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento - podemos retirar inúmeras ilações acerca disto mesmo.

A primeira delas, a mais importante de todas as demais, prende-se com a estrutura da própria economia nacional, isto é, com os problemas estruturais de Portugal.
Já tinha referido isto mesmo várias vezes em diversos comentário.
Aqui fica a "prova provada" de que Portugal,a após o cenário de retoma da actividade económica mundial ou internacional, terá de abordar com cuidado a questão do crescimento.
Actualmente, Portugal está manifestamente focado no combate ao défice orçamental e, por conseguinte, à elevada dívida pública. Isto é o que justifica os objectivos primordiais daqueles que têm responsabilidade na formulação de políticas económicas e sociais. Porém, será que os outros países não apresentam défices tão elevados como os nossos, ou até mais altos?
Claro que sim! A economia norte-americana é, sem margens para dúvidas o melhor exemplo.

Assim sendo, só gostaria de deixar uma pequena nota para o simples facto de que, pessimista como sou, acho que Portugal poderá não morrer da doença mas sim da cura.
E passo desde já a explicar.
Portugal, depois dos avisos seguidos de Bruxelas, terá de provar um enorme e tremendo combate ao défice. Ora, como não se irá esperar um aumento significativo da capacidade de arrecadar impostos e tributações, isto é, da receita efectiva, o combate também se fará por via da despesa.
Assim, a política orçamental está fortemente condicionada.
Exemplo disso será, também, os cortes no investimento público; alguns destes cortes são, de facto, uma lufada de ar fresco para as gerações vindouras que têm tanto direito como nós, quando viemos ao mundo, a terem uma economia e um futuro não hipotecado.

A nível da política monetária e cambial, estamos novamente amarrados, pois não somos soberanos ao nível destas políticas.

Do ponto de vista político, esta questão também foi bastante mal abordada, pelo que a retoma da actividade económica foi uma falsa partida. Agora, depois dos nossos "concorrentes" já terem iniciado a marcha, temos ainda que acarretar com um aumento dos preços e, por conseguinte, e em principio, com o aumentos dos combustíveis, por exemplo.

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