terça-feira, 3 de agosto de 2010
Futuro da moeda europeia
Com a chegada da crise financeira de 2008, esta rapidamente deu origem a uma grave conjuntura macroeconómica a nível mundial. De forma quase instantânea, nas economias europeias, tal como nas economias mundiais, fizeram-se sentir graves consequências sociais. No combate a tais problemas de fundo, os respectivos estados membros tiveram que formular uma política orçamental específica, manifestamente mais virada para o aumento da despesa pública, mais concretamente sob a forma de apoios e transferências sociais, para os cidadãos mais desfavorecidos. Com uma diminuição drástica da receita pública, e com a ascensão exponencial dos gastos do Estado, os défices orçamentais subiram, tal como as respectivas emissões de dívida pública de cada estado membro. A economia grega foi a primeira economia europeia e demonstrar as fragilidades financeiras e, com tudo o resto, a moeda europeia tornou-se, desde logo, alvo de uma descida de cotação cambial, principalmente face à moeda norte-americana, o dólar americano. Com este cenário cambial, rapidamente as agências de rating (agências que visam atribuir análises relativas ao risco de incumprimento de dívidas públicas e privadas) efectuaram, segundo os responsáveis pela política macroeconómica e monetária europeia, um acérrimo ataque à divisa europeia, o euro. Este ataque baseou-se, de forma bastante superficial na essência explicativa, nas sucessivas descidas ou cortes dos respectivos ratings, a cada estado membro. Posteriormente à economia grega, Portugal e Espanha também foram economias devastadas com os sucessivos cortes, por parte das várias agências de rating, pelo que, muito rapidamente, isso fez-se sentir nos mercados de compra e venda de títulos de dívida pública. Com tudo isto, a divisa europeia tem vindo a apresentar uma queda da sua cotação nominal, pelo menos até à data do verão de 2010. Na verdade, a desvalorização ocorrida no euro poderá, num cenário de muito curto prazo, beneficiar as economias europeias, no sentido de potencializar uma aposta nas exportações, beneficiando, também, de uma desvalorização face à divisa americana, ganhando, portanto, um aumento marginal em termos de competitividade da Zona Euro para com o resto das economias internacionais.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário