domingo, 15 de agosto de 2010
O desfeche do caso BPN
Depois de mais de vinte meses após a nacionalização do Banco Privado Português, o governo nacional indicou que este poderá ser novamente privatizado. Mais do que a notícia em si representa para todos os portugueses, importa, isso sim, verificar os contornos em que esta operação foi realizada. Note-se que o montante mínimo para tapar o buraco do caso BPN rondará, sensivelmente, os 2 mil milhões de euros. No momento da nacionalização deste banco, a intervenção foi justificada pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, como sendo necessária a bem da estabilidade do sistema financeiro nacional, isto é, para não se ocorrer uma corrida aos depósitos neste banco comercial e, também, nos restantes demais. Apesar das campanhas de marketing, com bastantes personalidades credíveis da sociedade portuguesa, o que é certo é que as dívidas deste banco rapidamente ascenderam à casa dos milhares de milhões de euros e, por outro lado, em presença de uma crise financeira internacional, os seus principais activos encontravam-se bastante desvalorizados no mercado nacional e além fronteiras. Posteriormente às sucessivas injecções de capitais – por parte da Caixa Geral de Depósitos – este poderá, agora, ser vendido a qualquer instituição financeira ou seguradora. Serão vendidos, somente, 95% dos direitos desta instituição, esperando que os seus activos voltem a ser valorizados no mercado para, posteriormente, serem vendidos de modo a compensar os montantes inicialmente gastos. Com o parecer do encerramento do dossier BPN, espera-se, ainda, que este culmine com algumas condenações por crimes económicos, abuso de poderes e fraude fiscal.
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